podia escrever qualquer coisa sobre entrar num outro espaço... dentro ou fora...
206, essa é a porta.
Ao abrir a bolsa, vários barulhos invadem o espaço que estava até então em um absurdo silêncio.
206, esta é a porta.
Ao passar os dedos por todos os objetos possíveis, dos formatos mais específicos, um barulho de chave, um dado, quadrado, transparente, reluz como que imaginário.
Seguro as chaves, todas juntas dentro da mão, no centro dela sinto cada formato, escolho uma e ponho contra luz e reconheço: é essa a chave.
206! é, esta é a porta.
Encaixo a chave na fechadura, que bem de vagar vai se acomodando á fechadura, como se uma fosse realmente feita para a outra... num som brusco, a porta se abre
Um outro universo, um cheiro, vários sofás escuros, um foco de luz, sombras, posso fechar os olhos ... Fecho os olhos e sei o caminho.
Ao abrir a bolsa, vários barulhos invadem o espaço que estava até então em um absurdo silêncio.
206, esta é a porta.
Ao passar os dedos por todos os objetos possíveis, dos formatos mais específicos, um barulho de chave, um dado, quadrado, transparente, reluz como que imaginário.
Seguro as chaves, todas juntas dentro da mão, no centro dela sinto cada formato, escolho uma e ponho contra luz e reconheço: é essa a chave.
206! é, esta é a porta.
Encaixo a chave na fechadura, que bem de vagar vai se acomodando á fechadura, como se uma fosse realmente feita para a outra... num som brusco, a porta se abre
Um outro universo, um cheiro, vários sofás escuros, um foco de luz, sombras, posso fechar os olhos ... Fecho os olhos e sei o caminho.
2 Comments:
410, esta é a minha porta...
a chave está certa.
está na mão desde a portaria...
410!
tudo perfeito e uma eternidade... sei que vai dar... tempo...
ahh chave! entra, abre, entro correndo, sempre quebro o silêncio, a porta bate, me contorço aos pulos no caminho, a calça já esta aberta desde o elevador lento, vazio.
ahhh que alívio!
devia ter ido antes... sempre...
ligo a luz, reconheço tudo, lavo as mãos.
do caminho recolho os vestígios do desespero: luvas, gorro, bolsa e chaves.
tiro o casaco.
ligo o rádio, national public radio...
observo a luz da secretária que informa: no messages.
de vagar
um vagar que não chega ao apartamento a tempo
vaga batendo no casco dos longíquos navios
vago como os bebados
e sem procurar andar em linha reta divago.
pela manhã tento outra estratégia: vou DEVAGAR.
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